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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Gucci

Gucci

Gucci ou Casa Gucci é uma grife de origem italiana, fundada por Guccio Gucci (1881-1953) em Florença em 1921. O sócio majoritário da empresa italiana é a holding francesa PPR.

Como outras grandes marcas, a Casa Gucci começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família. Quase na falência, a direcção artística da marca italiana e de todo o grupo Yves Saint Laurent foi entregue a Tom Ford, que lhe atribuiu um novo look, jovem e chic, popularizando a marca por todo o mundo. Provavelmente devido a conflitos internos, Tom Ford retirou-se da Gucci em 2005 e assumiu uma marca própria. Gucci gerou US$ 7,7 bilhões das receitas mundiais em 2007, segundo a revista BusinessWeek e recofirmed- 46ª posição do ano anterior na revista anual do "Top 100 Brands" chart. Por esta razão, Gucci é a segunda maior marca de moda venda após a Louis Vuitton. O mais importante é que a Gucci é recordista mundial de vendas italianas. Gucci opera cerca de 425 lojas em todo o mundo e também vende seus produtos através de franqueados e de lojas de luxo. Hoje a marca Gucci, além de aclamada por muitos, participa dos principais eventos de moda do mundo.

Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Celebridades, escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome GUCCI, marca que mais sintetiza a elegância italiana no mercado de luxo.


A história
Guccio Gucci, filho de um artesão de origem humilde, adquiriu bom gosto e elegância encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto trabalhava como ascensorista e posteriormente Maitrê no famoso e requintado hotel Savoy de Londres na virada do século 19. Em 1921, depois de seu retorno para cidade de Florença, abriu uma pequena loja com um capital de 30 mil liras, com o intuito de vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos artesanalmente pelos melhores artesões da cidade, incluindo membros da própria família. A alta burguesia e a nobreza florentina logo reconheceu a excelência e originalidade dos produtos e em pouco tempo a marca superou os limites da cidade, impondo-se como uma das mais conhecidas entre a elite do país. Nos anos 30, a empresa passou a conquistar uma sofisticada clientela internacional em função de suas coleções exclusivas de bolsas, luvas, sapatos e cintos. Necessitando expandir seu negócio, que agora fabricava também malas de mão, a empresa mudou-se para um lugar maior em Lungarno Guicciardini em 1937.

Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira loja na cidade de Roma em 1938 no requintado endereço da Via Condotti. No ano seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio. Em 1947, a GUCCI lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de bambu. Somente no final desta década a GUCCI adotou oficialmente o logotipo GG, que continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas. O novo logotipo começou aparecer em todas as bolsas e malas da marca, dando um ar mais aristocrático aos produtos. Pouco tempo depois, outro filho do estilista, Rodolfo, ingressou na empresa e abriu uma loja na cidade de Milão em 1951. Dois anos mais tarde falecia o fundador da empresa. Neste mesmo ano seus filhos, Aldo e Rodolfo, abriram uma loja na cidade de Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e muito para que a marca florentina brilhasse nas capitais do luxo de todo o mundo; seguida de unidades na Philadephia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach, dando início à internacionalização da marca GUCCI.

Ainda nesta década a marca lançou outro ícone, o mocassim com fivela de metal, que se tornou um dos principais produtos da GUCCI, além da assinatura verde e vermelha que se tornou um dos principais símbolos de identificação da marca no mundo. Nesta época, celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jaqueline Kennedy eram alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o mocassim com bridão. Na década seguinte a empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e Hong Kong. Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood, ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial.

Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo, Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios de advocacia americanos que prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo período a Investcorp, empresa de investimento árabe, adquiriu 50% do capital da empresa com a saída de Aldo Gucci. Maurizzio, o último membro da família trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não se entender com o grupo de investidores. Com Maurizzio fora de cena, a GUCCI passou a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para Casellina e nomeou Tom Ford – que já trabalhava na grife desde 1990 – como diretor de criação. Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, ele passou a assinar todas as coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até escolher a arquitetura e decorações das lojas. Os rostos nas campanhas também mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializadas e um investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.

Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault (dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (atual dono do grupo PPR). Embora Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas, foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004. No mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena Frida Gianini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais de moda e às capas das revistas de negócios. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando uma tendência no mercado do luxo.

No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo. Com uma espaçosa área de 14.020 m², a loja possui três andares totalmente climatizados e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da loja possui detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o exterior do prédio revestido de vidro brilhante, compõe uma visão admirável para aqueles que o vêem. A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova loja, que, entre outros detalhes de luxo, tem o seu piso coberto de mármore branco, com algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O revestimento das maçanetas das portas se alterna em ouro e vidro com listras. Minuciosos detalhes que proporcionam uma experiência única aos clientes e admiradores que a visitam. Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tem andares extremamente luxuosos e está localizada na 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova York.

A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470m² e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, todas as peças: do ready-to-wear aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios, sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo. Hoje o logotipo da grife italiana brilha nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos acessórios e o prêt-à-porter feminino, e de John Ray, que assina a linha masculina.

1925
Lançamento das malas de viagem de couro maleável.

1932
Lançamento dos sapatos tipo mocassin.

1964
Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas as iniciais de Guccio Gucci.

1969
Lançamento da bolsa com alça para o ombro, especialmente desenvolvida e criada para Jackeline Kennedy, que até hoje é conhecida como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis mil peças.

1979
Criação da Gucci Accessories Collection (GAC), divisão responsável por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios.

1997
Lançamento do perfume feminino Envy com fragrâncias florais.

1999
Lançamento do perfume Rush acondicionado em um frasco moderno e jovial.

2001
Lançamento do perfume feminino Rush 2, feito de uma composição de essências de madeira de palmeira, flor de nasciso, lírio do vale, freesia, gardênia, rosa e almiscar, resultando em um aroma refrescante.

2008
Lançamento de uma coleção exclusiva chamada Gucci Loves NY. Desenhadas por Frida Giannini, as peças desta linha fazem uma homenagem a cidade de Nova York e somente podem ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas, estão as jaquetas e bolsas de couro, material ícone da marca.

Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada "8-8-2008 Limited Edition". Oito exclusivos acessórios que remetiam a esportes de competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com lanterna e duas bolsas GUCCI sobre a roda traseira.

Lançamento do perfume Gucci by Gucci, com notas de goiaba, mel e florais, embalado em um frasco marrom, em estilo Art Déco, contendo o logo da marca em letras douradas. A garota propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman.

2009
Lançamento do perfume feminino Flora By Gucci.


2010
Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possui duas coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as peças da coleção baby, é possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os famosos trech em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1 milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África.

Lançamento do perfume masculino Gucci by Gucci pour Homme Sport, que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo, doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja bem acabada e complexa.

Lançamento do perfume Guilty. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os rostos da campanha publicitária são da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator Chris Evans.

Uma família polêmica
O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e, sobretudo, conflitos familiares, especialmente na década de 80, depois que Aldo Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu US$ 7 milhões. Desentendimentos e intrigas entre os membros da família colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de problemas financeiros e a freqüente citação da palavra “falência”. Nesta época, arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria. Em 1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu quase 50% do comando da GUCI. Para completar, em 1995, o último membro da família a dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi assassinado quando chegava a seu escritório, em Milão, a mando de sua ex-mulher, Patrizia Reggiani. Anos depois, Patrizia, condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele rachada e enjôos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”, pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi abandonado, já que todos os funcionários da justiça milanesa se recusaram a mexer nos papéis da apelação.
FICHA TÉCNICA
Quem: GUCCI
Fundador: Guccio Gucci (1881 - 1953)
Quando: 1921
Onde: Florença, Itália
Designer: Frida Giannini
História: Guccio Gucci abre uma empresa de artigos de couro e malas em 1921 em Florença, na Itália. Ele se estabelece produzindo malas, baús, luvas, sapatos e cintos em couro com temas eqüestres. Nos anos 1940, o regime fascista na Itália dificultou a compra de materiais, e Gucci resolveu usar materiais alternativos, como o bambu, para continuar produzindo suas bolsas. A faixa verde e vermelha que é a marca registrada da Gucci apareceu com força por volta de 1951, inspirada em uma sela de cavalo. Na mesma época, lojas foram abertas em Milão e Nova York, o que foi o começo da globalização da Gucci. Guccio morre em 1953 e seus filhos tomam conta do negócio. Na década de 1960, surge o logotipo com o “G” duplas e famosas como Jackie O, Grace Kelly e Liz Taylor ajudam a popularizar a marca, desfilando bolsas e echarpes Gucci. Nos anos 1980, a marca chega à Ásia e é comprada por um grupo de investidores. Foi relançada mundialmente com novos produtos e um ar renovado, com Tom Ford como estilista. Nos últimos anos, a direção de criação passou para a jovem estilista italiana Frida Giannini. Ela foi responsável pela linha de bolsas da Fendi por algumas temporadas e chegou à Gucci há seis anos, onde reinterpretaram ícones tradicionais da marca, como as imagens eqüestres e os antigos florais, incorporando os temas a materiais e formas mais modernas.























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